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Ciência, raça e nação: a obra de Gobineau e a produção do discurso racialista no Brasil (1850-1888)

Beatriz Lissker

ISBN: 978-85-93955-73-0

2025

 

Sinopse

O livro consiste em um estudo sobre a construção, a presença e os desdobramentos do pensamento do intelectual francês Joseph Arthur de Gobineau no universo ocidental do século XIX, com ênfase no Brasil oitocentista. Gobineau, agente fundamental do imaginário racialista e intelectual inserido no campo das ciências de seu tempo, buscou desvelar, por meio de sua obra, a gênese da decadência de todas as grandes civilizações — questão essa que respondeu através da hierarquização das raças humanas e da condenação dos males advindos da miscigenação. Esta obra percorre desde sua formação intelectual, passando por sua experiência diplomática no Rio de Janeiro em 1869 e suas impressões sobre a sociedade brasileira, até chegar à recepção e reelaboração de suas ideias por Sílvio Romero, um dos mais importantes intelectuais da geração de 1870 no Brasil. Ao analisar essas conexões, este livro busca compreender não apenas a influência de Gobineau sobre o pensamento social brasileiro, mas também como o Brasil, às vésperas da abolição do sistema escravista, tornou-se um espaço privilegiado para a aplicação empírica de suas teorias. Em especial, a obra procura demonstrar a fundamentalidade das construções racialistas no século XIX, perpetuadas por figuras como Gobineau, analisando as intrínsecas conexões práticas e discursivas que se estabelecem entre raça, civilização e construção nacional. Para isso, examina sua mais proeminente obra, o “Essai sur l’inégalité des races humaines” (1853-1855), suas correspondências e relatórios oficiais escritos durante sua estada diplomática no Rio de Janeiro, o artigo encomendado por Dom Pedro II — com quem estabeleceu uma relação de amizade e mútua admiração — intitulado “L’Émigration au Brésil” (1874), além dos pilares da obra de Sílvio Romero, no intuito de materializar convergências e distanciamentos no discurso de ambos os intelectuais. Mais do que um estudo sobre a circulação de ideias e redes intelectuais no mundo ocidental, esta obra revela os alicerces históricos de estruturas raciais que persistem no Brasil contemporâneo. Ao tensionar o encontro entre ciência, raça e nação, propõe uma reflexão crítica sobre a permanência de hierarquias construídas no século XIX e seus ecos no imaginário brasileiro.

 

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